Não houve perguntas ou questionamentos. Havia, sim, uma certeza absoluta de que estava sendo feita a coisa certa. Ou seja, a mensagem estava chegando a quem deveria ser o seu destinatário.
Por um momento, cheguei a pensar em interrompê-lo. "Ei, espere, não é a mim que você deve falar essas coisas. Está havendo um engano". Seria besteira. Do outro lado não havia nenhuma preocupação com o que acontecia desse lado. Existia apenas a necessidade de se passar algo adiante.
Ora, quando se quer extravasar, pouco importa quem esteja ouvindo. Na verdade, você até imagina que há uma outra pessoa a lhe conceder atenção. Sendo mais realista ainda, acreditamos que é uma espécie de cópia de nós a ouvir todos os nossos lamentos e expectativas.
Ok. Pelo tom, o que era dito tinha realmente importância. Tanta importância que ele nem reparou nos números discados.
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