Tão perto e tão longe. As camisas parecidas, todas sem listras, revelam um padrão. E, lógico, uma preocupação.
Não se pode jogar tudo na conta da coincidência.
Vamos, então, ao confronto:
- Oi.
(silêncio)
Só, então, percebo os fones. E ele, a minha presença.
Desconfiado, percebe que houve uma tentativa de diálogo. Sem-graça, mexe na camisa e diz:
- Falou comigo?
- Sim, falei. Apenas um "oi!"
- Oi.
Não preciso de mais nada. Entendi tudo. Ou melhor, eu havia entendido tudo errado. O que é liso, é chato, sem vida. Assim, fica fácil ignorar.
E, com isso, não é necessário se preocupar.
A vida é muito mais simples assim.
- Boa noite.
- (...)